Apolo,
III - meu
cão amigo.
( E bão de Prosa
).
Apolo
está cheio de dúvidas sobre a novela, Avenida Brasil , que nós
fizemos questão de não assistir. Assim principiou meu cão de
estimação, meu amigão: - “ O senhor sabe quem matou o Tufão?”
Não Apolo, não é o Tufão, é o Max; Tufão é o corno.” Ah!
Entendi, isso faz supor que ciclones, Tsunamis, Maremotos, são todos
cornos ?”
Acho que
sim Apolo, eles são vingativos, não são cornos mansos.
“Entendo, agora me
explica essa tal de Avenida Brasil. Ouvi dizer que até foi matéria
do Bobo Repórter. A Av. Brasil que conheço aqui em Campinas,
principia na Orozimbo Maia, corta a Guanabara, Vila Nova e termina lá
pras bandas dos Amarais. A outra do Rio de Janeiro, só vi na Tv e no
Cinema. É nela que se processam os tiroteios. Ainda bem que ela não
passa por aqui., ou passa ?” - indagou Apolo. Verdade Apolo, a avenida não passa por aqui, os tiroteios sim.
Correto
Amigo (Apolo sorriu). Essa Brasil que tanto comentam é mais uma
diarréia televisiva. É a propagação das ondas eletro magnéticas,
um invento do genial Marconi, que pegou carona nos inventos do também
genial Edson , inventor da lâmpada incandescente. Ao desenvolver a
lâmpada, notou ele, Edson, que uma corrente elétrica , indesejada,
fluía sem que houvesse conexão física para tal. Após sacramentar a
lâmpada, Edson se dedicou a essa corrente indesejada, e inventou
nada menos que a Válvula. Acidentalmente o mundo recebeu esse
presente que desencadeou toda evolução da eletrônica. Depois
vieram os transistores, circuitos integrados, etc. Agora Apolo, esses
cretinos, não todos, usam essas maravilhas para idiotizar seus
semelhantes.Para nos precaver-mos desses calhordas só adotando
filtros na antena receptora. Ondas magnéticas cheirando a merda não
passa.
Nisso
Apolo rosnou : - “ Complicado, muito complicado, a gente não vê
essas ondas, como pode?” Entendo sua aflição amigo, – disse eu
-.É melhor que não sejam visíveis.São tão intensas essas
propagações, que se tivessem massa e cheiro, poderíamos afiançar
que chovia merda no planeta.
Apolo
ganiu, rosnou e sentenciou:- “ Entendi direitinho, se houvesse massa
teríamos um dilúvio de merda.Caramba ! Viver na bosta já é
difícil.Imagino morrer-mos todos afogados na merda . Melhor assim,
invisível, ninguém as vê”.
É isso
mesmo amigo, a maioria não vê , enquanto boa parcela faz de conta
que não vê. Um dia todos verão. Talvez seja tarde.
Eu e o Apolo nos calamos devesmente.Vamos jantar
silêncio, depois roncar sonos e pedaços de sonhos.Quem quiser nos
faça companhia.Estão todos convidados.
jc....................31/12/2012