domingo, 31 de julho de 2016

A dívida dividida.

Dívida / Divida.

Multiplique, adicione, subtraia.
E se puderes, então divida.
Assim procedendo, não
Estarás em dívida
Com uma das fases
Mais divertidas desta vida.
Alguém duvida?
Na dúvida, divida.

 Cuida da tua dívida.
É bom pra vida.
Multiplique, adicione, subtraia.
E se puderes, então divida.
Não tenhas dúvida,
Sempre existirá alguém que duvida.
Quanto à isso, não resta a menor dúvida.
Ao duvidoso exigem-se documentos.
Ao dadivoso, um sorriso!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Casório.

         Enlace Nupcial.

Otrodia nóis foi no casório do Osório.
Tava bão..tava o finório.
Nóis comeu inté saí pros zóio.
Da parte de Deus tava o Padre Gregório.
Da parte dos home, o dono do cartório,
O Ilustre Juiz de Paz, Senhor Libório.
E a noiva? Quidê a noiva?
Tá internada no Sanatório.
E Lua de mer?
Só no observatório.
É um casamento Provisório
Entra em vigor desde a sua publicação,
Trava a pauta. Se não votado em
Tempo hábil perde a validade.
É uma inutilidade, coisa sem valor.
            É o faz de conta.

Lago Azul

Lago Azul.

Pra compor uma rima quase boa,
Dispenso patrão e patroa.
Careço dum Lago azul
Um caniço e uma canoa.
Nada de fisgar peixes.
Nada de atentar contra a vida
Da Lagoa.
Apenas remoer, ruminar, rimar e remar...
Remar numa boa...
Remar, remar...
Atoa, atoa.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Os Frutos da Nossa Sociedade ou da Nossa Omissão.

Política de 0000 à 2016.

Nossa política dói mais que a fome e o frio.

Nossos políticos são:
Mais sujos que a farsa e a fossa.
São mais nocivos que o vírus, o verme e o vício.
São mais intensos que os cardumes e as colméias.
São tão, ou mais antigos que a própria existência.
São frutos da ascendência meticulosa e milenar.


Não Vou Pra Marte.

Prefiro a Morte.

Não vou pra Marte, prefiro a morte.
É só trocar a vogal -
Descarto a morte, procuro melhor sorte.
É só trocar a consoante -
Lá não tem mulher pra gente “impedir”.
Lá não tem mulher pra gente “pedir”.
Lá não tem mulher e “panela”.
Lá não tem mulher indignada
Com a cocaína do “Perrela”.
Lá não tem o “Vem pra Rua”,
Indignados com a forma
Com que o congresso atua.
Não vou pra Marte, prefiro a morte.
Não vou e não fico.


A Última Flor de Abril

A dor das Crianças
Sírias, Afegãs, Iraquianas
E demais....


Foi num recente mês de Abril,
Foi quando a última flor se abriu.
Em seu leito de dor o menino viu.
Alegrou-se, sorriu...
Sorriu quando viu que se abriu
A última flor de Abril.
Sorriu, cerrou os olhos, partiu...
Pra sempre , partiu...
Levou consigo sua flor de Abril,
A última que se abriu.
Neste seu último mês Abril.