terça-feira, 23 de outubro de 2018

Sobre o Tempo Futuro .



O enxadão da obra.
Tava de arranca moitas de erva daninha.
Trabalho bruto, trabalho pesado.
Nem bem principiei, e o cabo num guentô.
Pronto, o cabo tá quebrado.
Peguei um cano de ferro enferrujado.
Soldei o bicho bem soldado.
Vejam só o resultado.
As ervas daninhas até tremeram,
quando viram que eu tava
com um cabo soldado.

É suficiente disse o filho da "besta".
Num carece de jeep, nem.



domingo, 21 de outubro de 2018

Os Sacrifícios e os sacrificados.


Comer, comer.

Ao banquete fui. /  Não foi melhor que o anterior.
Nem será melhor que o próximo. 
Primeiro prato:
Solidão acompanhada de falta de educação.
Demais opções:
1 - Cremosa discórdia regada a confusão.
2 - Discussão em a altos brados(1/2 porção).
3 - Dieta mal passada em suaves murmúrios.
4 - Imperdível, salada de encrencas regada à malcriação.
Sobremesa:
Oração pelos Ovos condenados à fogueira,
e preces aos Animais sacrificados sem culpa.

Uma boa noite
Bom sono, em Paz.


Ainda pega na partida.


Usado.

Embora não tão novo,ainda me movo. / Não como o passarinho que,
na roseira teceu seu ninho.
Nem tão lento como a gema que se agita no interior do ovo.
Não me preocupo com Geriatra. / Muita pena terei das minhas galinhas,
quando souberem que o abusado, me receitou gemada.





A Paz existe.


Penso.
Poderia dizer, dispenso.  /  Não luto, não discuto, não brigo.
Em assim fazendo, você não perde, e eu não venço.
Há em mim um dissenso. / Pouco infenso, penso.
Uma tênue fumaça, em forma de incenso, creio.
Você não perde, eu não venço.
Penso.


Quem sou eu.


Demonstrativo
( Quem sou eu )

Estou num estado que merece estudo. / Não sei nada e digo que sei tudo.
Nada faço, e digo que faço tudo.         /  Nunca acerto na loteria, e
me considero um sortudo.                /  Se não desperto na hora certa,
chuto o criado-mudo.                      /  Falo, quando deveria ficar calado.
Se a televisão me desagrada,         / Dou ou um pontapé no rádio.
Compro um grama de ouro,e pago uma jazida de Vanádio.
Se meu time perna de pau, joga mal, ponho a culpa no estádio.
Troco o nome das pessoas  / Vivo chamando o Eleu de Eládio.
Escrevo, escrevo, e não me lembro quem escreveu.
Já não sei quem é o Eládio, quem é o Eleu. 
Confesso que não me lembro de você.
Sequer me lembro quem sou eu.
                                                                              12/05 2017.


O Sol que me alumeia.


Sol
O Sol saltou solto, sobre. / E salvou a safra.
O Sal salgou o Salmo. /     O Silêncio Santificou.
Sublime, foi; com “serteza”

Ficou bom ..tal como que, um Joaquim Silvério dos Reis
e adjacências, digamos , um lago com Traíras

Os Despudorados.


Meados
           de mais
                      uma Lua Crescente.

Poeta é o cara que sabe que não sabe. /  Poeta nunca sabe nada.
Poeta não sabe ganhar dinheiro.  /  Poeta não sabe de onde veio,
pra que veio, e pra onde vai,  /  mas suspeita que alguns sabem.
Poeta não sabe, mas desconfia que,  / 
Trabalhar cansa, desgasta e provoca a morte;  
por este motivo escrevem , escrevem, e alguns se tornam imortais.
Todos os seres vivos são poetas.  /  Só os despudorados escrevem.


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Vida que segue



A Vida.
De ti me despeço.
Não lamento,
não lastimo, nada peço.
Sigo em frente, sem olhar pra trás.
Assim sigo a rota traçada.
Assim, por fim, me despeço.
Apagarei o caminho da ida,
Pra nunca mais encontrar,
A estrada do regresso.
Nada peço, nada posso.
Nada vi, quando olhei.
Nada disse, quando falei.
De ti me despeço.
Nada peço.
Enormes dádivas recebi,
Grandiosas ao extremo.
Por isso, e em vias disso,
não peso e não meço.


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Às Mestras e Mestres com carinho.



Minhas Mestras / Meus Mestres.

Meus Professores, Elas e Eles, partiram, todos.
Me vejo em dificuldades.
Necessito revisar algumas matérias
E não os tenho cá, para auxiliar-me.
Esqueci o Patriotismo que vós me ensinastes.
Esqueci como se faz para adquirir bens.
Não consigo torcer para a Seleção do meu País.
Me repugna o uso da camisa amarela com siglas.
Sou incapaz de salvar um nazi fascista, um que seja,
Não consigo, careço de forças físicas, não as possuo.
E agora? Como fazer sem vós, mestres amados?
Vós não mais retornarão, bem o sei.
Não tenho vossos zaps, mails, fones,
Sei onde residem, isto eu bem sei, certamente,
mas desconheço o caminho,
e mesmo que soubesse, falta-me
o empenho para tal empreitada, por ora.
Resta-me conformar-me com a triste sina,
não precipitar os acontecimentos,
e aguardar a hora e data, que possivelmente
já está agendada de há muito.
Ora vejam, aos 76 anos, é apenas questão de tempo.
Sem ajuda de algum de Vós, por cá continuarei
errante e errando, rotineiramente como sempre fiz.
Espero não ter escrito tão errado como sempre.
Se me perguntas porque o faço? Sendo incapaz?
Vos digo, que é para matar o tempo,
antes que ele me mate, enquanto aguardo
o dia do embarque, para rever os Mestres e demais.

  Dedico ao Gabriel.
Sem esquecer as Mestras:
 Bruna e Carol (ordem alfabética).