Minhas
Mestras / Meus Mestres.
Meus
Professores, Elas e Eles, partiram, todos.
Me
vejo em dificuldades.
Necessito
revisar algumas matérias
E
não os tenho cá, para auxiliar-me.
Esqueci
o Patriotismo que vós me ensinastes.
Esqueci
como se faz para adquirir bens.
Não
consigo torcer para a Seleção do meu País.
Me
repugna o uso da camisa amarela com siglas.
Sou
incapaz de salvar um nazi fascista, um que seja,
Não
consigo, careço de forças físicas, não as possuo.
E
agora? Como fazer sem vós, mestres amados?
Vós
não mais retornarão, bem o sei.
Não
tenho vossos zaps, mails, fones,
Sei
onde residem, isto eu bem sei, certamente,
mas
desconheço o caminho,
e
mesmo que soubesse, falta-me
o
empenho para tal empreitada, por ora.
Resta-me
conformar-me com a triste sina,
não
precipitar os acontecimentos,
e
aguardar a hora e data, que possivelmente
já
está agendada de há muito.
Ora
vejam, aos 76 anos, é apenas questão de tempo.
Sem
ajuda de algum de Vós, por cá continuarei
errante
e errando, rotineiramente como sempre fiz.
Espero
não ter escrito tão errado como sempre.
Se
me perguntas porque o faço? Sendo incapaz?
Vos
digo, que é para matar o tempo,
antes
que ele me mate, enquanto aguardo
o
dia do embarque, para rever os Mestres e
demais.
Dedico ao Gabriel.
Sem esquecer as Mestras:
Bruna e Carol (ordem alfabética).