domingo, 21 de maio de 2017

As Trovas perdidas; perdemos nós.

Trova Singela.

A Lua tá redonda feito um espêto.
Ocê num quis casá comigo!
Proquê sortô meu Canario?

Autor: Amadeus Quirino

Um simples roceiro com o Dom da Trova; meu contemporâneo nos
tempos em que morei no Bairro dos Limas no sope do Pico do Bugio, 
contrafortes da Serra da Mantiqueira, Monte Alegre do Sul.


(Recolhido por Cláudio Daolio, meu Primo Irmão)

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Milagres Século XXI

                   MILAGRES - SEC. XXI.

Não era dia de festas, embora aparentasse ser dia de festas.
A multidão era enorme, e estava faminta.
Entre eles havia um Coreano (gordote e feio como a peste) vendendo bombas nucleares de uso doméstico. Eram do tamanho e formato de uma melancia, ri-
camente decoradas, exibindo as insígnias do Real Madrid, Barcelona
Paris St. Germain, Manchester City, fotos do Neimala, Messi e Cristiano Ronaldo e Gabriel da Galileia ou Nazareno; além das propagandas da Fly Emirates.

Restava apenas a última bomba na carroça do coreano, a qual foi adquirida
por um jovem Hebreu trajando longa túnica rota e mal cuidada, pela irrisória
quantia de 12 moedas de prata.
De posse do artefato, a bomba, o Hebreu fatiou-a em 12 pedaços. Munido
de uma calculadora japonesa multiplicou-a aos milhares.

Todos se fartaram de pão e peixe e ainda restaram cinco cestos.
A multidão em festa, embora não fosse dia de festas, adorou o Coreano
e se prostrou com o rosto por terra, e expulsou o Hebreu.
Assim decidiram ao descobrir que o jovem Coreano era a reencarnação
do Vietcong “Ho Chi Mim”, aquele que deu um cacete nos gringos.
O juiz Moro disse-me que isso não vem ao caso. (correto Sr. Moro).

A Globo em edição extraordinária noticiou:

Moro prende Lula e junto dele, um desconhecido e agitador
Hebreu, portando uma calculadora contrabandeada.
Ambos foram recolhidos ao Complexo Penal de Curitiba.
Comenta-se, que os comparsas só deixarão a prisão após Delação
Premiada ou não, também afiançam que vai sobrar para Hebreu,
mais uma vez.

domingo, 7 de maio de 2017

Perdão Poetas!

Meados
           de mais
                      uma Lua Crescente.

Poeta é o cara que sabe que não sabe.
Poeta nunca sabe nada.
Poeta não sabe ganhar dinheiro.
Poeta não sabe de onde veio,
pra que veio, e pra onde vai,
mas suspeita que alguns sabem.
Poeta não sabe, mas desconfia que,
Trabalhar cansa, desgasta e provoca a morte;
por este motivo escrevem , escrevem, e
alguns se tornam imortais.
Todos os seres vivos são poetas.
Apenas os despudorados escrevem.


Proibida a caça.

 A Grande caçada.

Cegos e obcecados estavam à caça.
Queriam: “Ela”, o lulinha e o lula-lá.

E esqueceram:
O Cunha, Temer e o Jucá.
Não se lembraram:
Do Gedel, Renan e o Gatinho Angorá.

E a corrupção inundou a terra.
Esqueceram:
O Aécio, Alckimim e o Serra.

Mais uma vez, o povo entrou pela manilha.
O Brasil descobriu o Cabral ,
E eles não descobriram o Skaf e o Padilha.

Se culto fossem ou apreciassem o belo,
Teriam ouvido Mozart.
E assim entenderiam o Rapto do Serralho.
Justiça seja feita.

Os Paneleiros, Patinhos amarelos e CBFs,
Com dedinhos em riste diziam:
A corrupção é lá! está lá! é acolá!
Envergonhados, agora não sabem,
Onde o dedinho enfiar.
Sugiro-lhes, uma rima a “la Genu”.
Tesoureiro da Malu……F.

A corrupção é lá, está por lá,
Está por cá, na porcaria toda.

E o “Hour Concur”, Maluf por onde andará?
Estará visitando seus parentes no Líbano? Síria?
Ah! num pode viajar, “pobrema” nas coluna!
OK. tá fazendo caridade.
Sei, entendo.


A surdez nem sempre é um malefício.


Se você é, ou está ficando surdinho como eu, não se aflija. Aqui vão algumas dicas que lhe ajudarão
no quesito sociabilidade.

Durante as conversas, observe seu interlocutor: se ele sorrir, você mesmo não entendendo nada, sorria; se ele gargalhar você também gargalha; caso ele se torne colérico e avermelhado, procure se tornar roxo de raiva.
Se porventura seu interlocutor solicita confirmação e você não entendeu patavina, diga sim e balance a cabeça negativamente; caso ele, surpreso, solicite novamente, diga não e balance a cabeça afirmativamente. Procure manter uma distância de segurança; ele poderá enfurecer-se e desferir-lhe uma porrada.
Se a prosa é em grupo, onde todos falam ao mesmo tempo, aí danou-se. Você lembrará dos programas esportivos onde os “jornalistas” procedem dessa maneira, ou então, quando se entrevista um estrangeiro e o repórter se mete fazer dueto em Português, e por último, aquela lazarenta musiquinha fazendo fundo pra atrapalhar a interessante entrevista; nestes casos, a solução, única que vejo, é o botão “off” do controle remoto.
Quanto à prosa em grupo, encontrei a solução: sempre fico distante do meu irmão caçula, que tem o dom de tudo observar, sem muito intervir; observo suas reações e as imito, tais como: sorrir, franzir a testa, fazer cara de espanto, surpresa, etc, etc.

Evite o “Ãh”, sempre e quando não entender o que falam: os filhos, as noras e a esposa.

Sua maior alegria é ouvir aquela tia velhinha, fazendo o seguinte comentário:
“Nossa! Que milagre! O Zé tá ouvindo tão bem! Tanto que pedi ao meu Santo Antônio! Você agradece; diz a ela ser grato pelas orações; a surdez não vai melhorar, mas a tia vai nanar tal um Anjo.


Da Atmosfera aspiro.
Das Bicas, Fontes e Torneiras, bebo .
Uma mistura com dois Átomos de Hidrogênio.
Me encharco, me alago e me enferrujo.
Breve dirão às meninas e meninos:
A Lâmpada antiga, tinha filamentos
De Tungstênio.
Assim como um dia disseram a mim:
Entre tantos, Einstein, foi um Gênio.
Enquanto eu, de Ciências,
Sou um apalermado e abstêmio.
Mesmo sendo ignorante, teimosamente,
Continuo aspirando da Atmosfera,
Minha cota de Oxigênio.
E me pergunto: em que difere minha aspiração?
Comparada a um Muar, um Peixe, um Grilo,
Um Cetáceo, uma Víbora, ou um Gênio?
Creio que em nada, exatamente igual, proporcional.
Exceto que, até então,
Não tributaram o Oxigênio.