sábado, 21 de outubro de 2017

Ninguém mais bate "Pau nela".


Município da Comarca “Faz de Conta”.
02 de Agosto de 2017.

Neste dia, a pequenina e simpática “Faz de Conta”, mostrou ao mundo, que a Justiça pode flexibilizar-se. Neste julgamento, a defesa convenceu o Juiz da Comarca e não apenas ele, mas o Corpo de Jurados, o qual foi decisivo para a absolvição “condicional” do acusado.
Vibrante, embora um pouco constrangido assim se expressou o Causídico:

Estamos frente a um meliante contumaz e reincidente, acusado de vários furtos, roubos e sequestros. E as provas? Pergunto eu, onde estão as provas?
Não afirmo que o acusado é totalmente inocente, há casos comprovados, sim.
O que é preciso deixar claro, é que o acusado é vítima de outras quadrilhas que ao acusá-lo, pretendem safar-se dos seus inúmeros delitos. Que fique bem claro isto.
Agora dirijo-me em especial aos Jurados e “Meretríssimo” Juiz da Comarca “Faz de Conta”:
Em depoimento da esposa do acusado, declarou ela, estar grávida de 7 meses esperando seu sétimo filho, e mais importante, conforme suas palavras, que tomo a liberdade de ler na própria página da Depoente.

- Após meu marido aumentar nossa renda, nossos filhos passaram a ter três refeições diárias e até as sobras da mesa farta servem para tratar os 10 animais domésticos, cachorros e gatos que as crianças possuem. As crianças hoje, tem Smartfones e com isso curtem as maravilhas das redes sem sais, sem esquecer que possuem tênis e bonés de marca. Como podes ver Doutor, a renda tem que ser considerada em qualquer julgamento, o que o Senhor acha? -

Espero que todos tenham sensibilizados com o depoimento que acabo de ler e baseado no fundamento estritamente econômico, alicerço minha defesa. Sem mais delongas peço a compreensão dos Jurados e do “Meretríssimo” Juiz .
Solicito a Absolvição Condicional do Réu” e explico: O acusado retornará ao banco dos Réus, após seus filhos adquirirem a maioridade, ou seja, quando findar o mandato paterno e seus descendentes se tornarem totalmente independentes.

Os Jurados absolveram o acusado, seis votos a favor e uma abstenção.

Os habitantes da simpática “Faz de Conta”, recolheram-se às suas tendas tal como os Hebreus, após sangrentas batalhas com os Filisteu, moradores até então, na “pacatissima” Faixa de Gaza.

Ninguém bateu "Pau nela", o Skaf não ponhô o Pato pra fora, a passagem do ônibus não aumentou 20 centavos, aumentou foi, hum real. Vinte centavos complicaria o troco, arredonda, arredonda, Mora? Eu Moro, mal mas..




A Gata rajada no tapete da sala.

Os Limoeiros, a Gata rajada e as Sementes de Picão.

Os Limoeiros com suas variedades, e as indecifráveis verdades.
Uns dão frutos ácidos outros não. Mas como?
Todos alimentam-se nos mesmos seios da terra!
Como conseguiste esta sabedoria, Limoeiro? quem trouxe?
Quem lhe ensinou esta magia de fazer limão doce?

Acabei de colher o limão.
Eu a Gata rajada, estamos apinhados de semente de picão,
Danados, perambulam conosco sem pagar condução.
Agora só nos resta subir até o lar, doce lar.
Rajada se acomoda no tapetinho da sala e aos poucos, vagarosa
e paciente vai removendo as sementinhas.
A Rajada é mesmo uma gracinha, vejam!!

Eis que surge a gerente do circo. Transfigura-se numa policial.
Veste-se de Polícia Civil e farda da Polícia Militar.
Investiga, interroga, monta o Inquérito; pronto.
Transfigura-se em Promotor e oferece a denúncia.
Veste a Toga, acolhe a denúncia e condena.
Veste o Manto de púrpura e se diz a soberana, Rainha do Lar.
A Monarca Déspota e Absoluta ajeita a corôa, toma do Anel Real e
Carimba a Sentença, apanha o cetro de varrição, enche os pulmões e brada:
XISPA DAQUI GATA LAZARENTAAAAAAAAA!!!!!
Vapttt...Vapttt.. Vapt...


Como nos Tempos de Judas Macabeu, 184 AC.

Filomeno - “O Matuto”.

Filomeno parou de tomar cachaça.
Deu de viver ao relento, só pra
Tomar sereno.
Apaixonou-se pela Lua nova
E vivia “dizeno”:
Se ocê num casa coeu, vô bebe veneno.
Dia destes, Filomeno foi à vendinha do Bairro da Boca do Mato.
O vendeiro foi logo perguntando:
O que ocê vai bebê? “Meno”.
Nada, hoje num tô bebeno, bebi “fornecida” ao sai de casa,
Num quero misturá, tenho medo de fazê mar.
Nisso cada um dos presentes, garrô do Portátil (celular) e disfarçado
deram de prosear.
Passados dez minutos, pintou um caminhão dos Bombeiros, a seguir
o Helicóptero da Polícia Militar seguido da Ambulância do Samu.
Dentro da vendinha Filomeno dava as explicações aos Agentes Públicos.
Liberado, Filomeno de dedo em riste disse:
Qual foi o Lazarento que descobriu que sou o ex-Presidente da República
Federativa do Brasil, apeado injustamente do poder em 2017?
Silêncio………
Nisso ecoou enorme trovão, o tempo estava carregado, outros trovões
mais intensos provocaram queda da energia, escureceu tudo e a todos.
Passados quarenta minutos, nada da energia voltar, o Diretor então comunicou à Equipe que as gravações estavam suspensas.
Cada qual rumou para sua tenda, como nos tempos de Judas Macabeu,
lá pelos anos 184 AC.





Cri...cri...cri

  Grilo engrilado.

O grilo, no meio do caminho, avistou uma minhoca que descansava sob uma moita.
Seria um minhoco? Uma minhoca? Estaria vindo ou indo?
E pra piorar, usava um lenço e parecia limpar-se, a dúvida aumentou:
Estaria ela enxugando o suor da testa ou limpando a bunda?
Mesmo assim ousou estabelecer prosa.
Seu minhoco, dona minhoca, estou indo pra lá, se a companhia lhe agradar
podemos seguir juntos neste caminhar.
Colérica e irritada respondeu:
- Quem te disse que vou pra lá? Estou vindo de lá, grilo abestalhado, estou vindo de afasto.
É fêmea – entendeu e murmurou o grilo – malcriada, semelhante àquela que deixei no doce lar.
Desculpe minha senhora, diga-me o que sucedeu – retrucou o grilo -.
Nisso a minhoca desbundou de vez, falou semelhante aos nobres Senadores da República.
—Meu câmbio enguiçou, esta porra só engrena Ré, em vão tentei consertar, só consegui este corte
profundo, é necessário estancar esta sangria, apenas não sei como -.
Filie-se ao PSDB que tudo se resolve no ato, sugeriu o grilo..


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O Lobo perde o pelo, mas não perde o vício, assim como certos velhos mentirosos.

Cabrito Montês.

Leio, muito tenho lido.
De coisas que não entendo,
de coisas que não lido.
Creio em tudo e de tudo duvido.
Leio, muito tenho lido.
Fazer o que?
Dos sons estou privado,
Falha-me o ouvido.
Dos cinco que possuía,
Só me restam quatro sentidos.
Caminho, trabalho,
Salto qual um cabrito montês.(*)
Peço-lhe desculpas se não
avisá-lo do salto derradeiro,
O salto da última vez.
No Adeus
do cabrito montês.

* - menos, menos -