Meu
Brasil verde - amarelo.
O
sono não vinha, também não ia. / E ela estava ali do meu lado.
A
persistente, a danada da insônia. / Agarrei-a e disse-lhe,
Nega,
vamos fazer a inversão. / Primeiro “nóis” sonha, depois
“nóis” dorme.
E o
sonho eclodiu. / Do seio da terra emergiu o anjo protetor.
Tinha
as asas chamuscadas, e olhos vermelhos feito sangue de barata.
Gania
feito uma minhoca. / Trajava uma toga desbotada, e por baixo
uma
camiseta azul da CBF. / Bateu continência e perguntou pelo
Bolsonaro.
Disse
que o Alkimim vale um fardo de capim. / Sua voz era melodiosa qual
o som de um peido.
Arreou
as calças, mostrou as partes vergonhosas pra mim.
Tinha
três chifres pontiagudos cravados na bunda. Seu sexo não era
galináceo, era um pato amarelo.
Partiu
dizendo, tenhas bons sonhos. / Como já sonhava, elevei-o, ao
quadrado.
Borrei-me
todo de tão apavorado. / Tomei as mão da insônia, estavam
geladas.
Tremia
feito vara verde, estava toda cagada. Num país com o nosso, viver
na merda é uma benção.
Quem
dera,
Dormir,
Dormir,
Sonhar.