domingo, 29 de julho de 2018

Brasil Verde e Amarelo - Azul e Branco


                      Meu Brasil verde - amarelo.

O sono não vinha, também não ia. / E ela estava ali do meu lado.
A persistente, a danada da insônia. / Agarrei-a e disse-lhe,
Nega, vamos fazer a inversão. / Primeiro “nóis” sonha, depois “nóis” dorme.
E o sonho eclodiu. / Do seio da terra emergiu o anjo protetor.
Tinha as asas chamuscadas, e olhos vermelhos feito sangue de barata.
Gania feito uma minhoca. / Trajava uma toga desbotada, e por baixo
uma camiseta azul da CBF. / Bateu continência e perguntou pelo Bolsonaro.
Disse que o Alkimim vale um fardo de capim. / Sua voz era melodiosa qual o som de um peido.
Arreou as calças, mostrou as partes vergonhosas pra mim.
Tinha três chifres pontiagudos cravados na bunda. Seu sexo não era galináceo, era um pato amarelo.
Partiu dizendo, tenhas bons sonhos. / Como já sonhava, elevei-o, ao quadrado.
Borrei-me todo de tão apavorado. / Tomei as mão da insônia, estavam geladas.
Tremia feito vara verde, estava toda cagada. Num país com o nosso, viver na merda é uma benção.
Quem dera,
                   Dormir,
                                Sonhar.