Ontem
27/10 /2017 - quase fui.
Não
fui, apesar de que, pelo menos duas criaturas entenderam que eu já
era, tinha partido.
Como
ainda não fui, escrevo e comprovo que apesar dos pesares, ainda
estou, não fui.
A
Adelaide ligou à sua cunhada, dizendo que o Zé havia falecido, a
cunhadar exclamou.
-
Nossa! assim de repente, estava ele tão bem, não tinha doença
alguma, estava tão bem!
Adelaide
percebeu que havia um engano e comentou que talvez a causa tenha sido
um novo infarto semelhante ao anterior ocorrido meses atrás; nisso a cunhada percebeu a mancada, exclamou dizendo:
-
Nossa! Pensei que era o Zé Carlos!
E eu
tava dormindo feito um “desanjo”, mal sabia que estavam me
enviando pro o além.
Enquanto
isso, minha cunhada Gil, ligava pra Minas, comunicando o ocorrido
aos parentes de lá.
Gil
falou com nossa sobrinha Fabíola, que tem um filhinho chamado
Gabriel. Após desligar o telefone, Fabíola contou ao Gabriel, seis
aninhos, que o tio Zé havia morrido. Gabriel surpreso disse à mamãe
– E agora? não tenho mais ninguém pra mostrar meus Livrinhos de
Dinossauros.
Fabíola
esclareceu, não foi o tio Zé Carlos que morreu, foi o tio Zé que
tem aquele barracão onde você se lambuzou todo na última vez que
estivemos lá, entendeu?
Entendi
mamãe, ainda bem que não foi o tio Zé Carlos que morreu, ainda
bem, disse o Gabriel.
Fabíola
conduziu Gabriel à cama dizendo-lhe, precisamos dormir logo, teremos
que acordar de madrugada para viajarmos à Hortolândia e
acompanharmos o enterro do tio Zé,- e acrescentou – Amanhã dia 28
é aniversário da Tia Adelaide, não se esqueça de dar os Parabéns
a ela, tá.!
Tá,
Bença mãe.