terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A bezerrada que dava risada, mais que nada, vem pra cá você tamém.


É moça e mocha.
Não é morta.
A vaca mocha marcha
Murchando o beiço,
Dando pro Toro chifrudo,
Convidativa e provocadora
Piscada. O curral todo ri.
A Bezerrada então,
Se mata de dar risada.


Convém.


Kon “V”.

Se não tens valor, valorizo,
Velo, visualizo, vanglorio e violo.
Finita porfia.
Restam vencidos e vencedores.
Os vencidos se perderam.
Enquanto os vencedores....
Estão por aí...
Perdidos e perdoados.
Garçom, por favor!
Sirva-me a saideira.
Cicuta pura, nada gelo.
Põe na conta...”pindura”...
Bota um Tango na eletrola.
Sim! É isso! É esse!
“Adios Muchachos”.

jc.......04/08/2015




Cuidado! um dia você pode ficar surdo....vai rindo, vai...


Ajuda.

Se você é, ou está ficando surdinho como eu, não se aflija. Aqui vão algumas dicas que lhe ajudarão
no quesito sociabilidade.

Durante as conversas, observe seu interlocutor: se ele sorrir, você mesmo não entendendo nada, sorria; se ele gargalhar você também gargalha; caso ele se torne colérico e avermelhado, procure se tornar roxo de raiva.
Se porventura seu interlocutor solicita confirmação e você não entendeu patavina, diga sim e balance a cabeça negativamente; caso ele, surpreso, solicite novamente, diga não e balance a cabeça afirmativamente. Procure manter uma distância de segurança; ele poderá enfurecer-se e desferir-lhe uma porrada.
Se a prosa é em grupo, onde todos falam ao mesmo tempo, aí danou-se. Você lembrará dos programas esportivos onde os “jornalistas” procedem dessa maneira, ou então, quando se entrevista um estrangeiro e o repórter se mete fazer dueto em Português, e por último, aquela lazarenta musiquinha fazendo fundo pra atrapalhar a interessante entrevista; nestes casos, a solução, única que vejo, é o botão “off” do controle remoto.
Quanto à prosa em grupo, encontrei a solução: sempre fico distante do meu irmão caçula, que tem o dom de tudo observar, sem muito intervir; observo suas reações e as imito, tais como: sorrir, franzir a testa, fazer cara de espanto, surpresa, etc, etc.

Evite o “Ãh”, sempre e quando não entender o que falam: os filhos, as noras e a esposa.

Sua maior alegria é ouvir aquela tia velhinha, fazendo o seguinte comentário:
“Nossa! Que milagre! O Zé tá ouvindo tão bem! Tanto que pedi ao meu Santo Antônio! Você agradece; diz a ela ser grato pelas orações; a surdez não vai melhorar, mas a tia vai nanar tal um Anjo.




Pra quem vive ao léu e ainda não leu


Que o Menino venha com Saúde e Paz.

Os meios de comunicação tem propagandeado que devemos antecipar o Natal. Pois bem: Diante disso, resolvi consultar o Médico que acompanha Maria em seu Pré-Natal. Perplexo e estupefato, disse-me ele: a futura mamãe, não apresenta sinais de dilatação, contração e as dores do parto. Segundo ele, o médico, os habitantes da estrebaria deixarão tudo em ordem, assim como a manjedoura, após vinte de Dezembro; o Menino nascerá na data de costume. Assim virá o filho do meu xará Marceneiro. Não terá muito destaque na mídia, face sua humildade, simplicidade e pobreza. Muitos farão questão de ignorá-lo, pois sabem de antemão, o conteúdo desagradável das suas pregações. Receberá como presente carradas de indiferença. Ele pouco se importará, pois sabe que ao seu lado estarão seres muito mais dignos e respeitáveis; entre eles: Jumentos, Ovelhas, Bois, sem esquecer José e Maria obviamente.
Farei questão de levar um presentinho ao Menino; não é segredo não, vou presenteá-lo com uma Foicinha e Martelo. Breve, este Menino danado, estará Ceifando e Pregando. Receberá o nome de JESUS. Meus cumprimentos aos Papais, antecipadamente. Saúde e Paz ao menino: são os votos sinceros de jc ao JC verdadeiro.
Vai ceifando e pregando” – cuidado com o dedinho menino!! -.


Fora ! fora !!!!!!!!!


Fora..

Fora! a fulana, o beltrano e o sicrano.
Fora quem governa e
Quem não está governando.
Fora o corrupto e o canalha.
Fora toda essa gentalha.
Fora o omisso e o indecente.
Fora toda essa gente.
Fora o culpado e o inocente.
Fora toda essa gente.
Façam fila, se organizem.
Não saiam todos à mesma hora.
Não há lugar pra todos,
tanto aqui dentro, como lá fora.
Fora...fora!!!



segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Desconhecimento.


Vindo e indo rumo ao desconhecido

Vejam, olhem aquele homem, ali sentado. Há muito que nasceu.
Pensativo, só, silencioso, cabisbaixo, tentando decifrar mistérios.
Não se lembra e nada sabe do dia em que nasceu.
Não se recorda da primeira infância, sabe apenas aquilo que lhe contaram.
Engatinhou, ficou em pé, caminhou, desequilibrou, caiu e chorou, acudiram-no.
Cresceu, foi à Escola, aprendeu, repartiu o lanche e jogou bola.
Fez algazarra, malvadezas, puxou o cabelo das meninas, ficou de castigo.
Refletiu, se comportou.
Caiu no Samba, dançou a Valsa, arriscou passos de Rumba, Merengue e Salsa.
Dançou Bolero de rosto colado - " um torturante “band-aid” no calcanhar "
 -" Whisky com Guaraná, dois pra lá, dois pra cá" -. **
Estudou, se formou, trabalhou, vendeu, comprou, mais perdeu que ganhou.
Conheceu a mulher amada, casou. Vieram filhas e filhos, deles cuidou, os amou.
Agora ali sentado exclama sussurrando.
- Oh meu bom Deus! Que sina! Só sei das mazelas meias, desconheço meu princípio, e pior, qual será meu fim! Se fosse possível, bem no finalzinho, um filho meu, dizer-me, nem que seja bem baixinho;
 -  Meu Pai, Querido Velho..... Adeus! Vá em paz meu Pai, vou anunciar a todos:
 - Meu pai...meu pai..
sim.... 
  Meu pai.....morreu.

** Estas palavras, as retirei da imortal canção denominada “ Dois pra lá, dois pra cá”.
Composição de Aldir Blanc e João Bosco, imortalizada por Elis Regina.