O Conto.

Hoje, decidi.

Escrevo um conto.

Esforcei-me a tal ponto

que acabei ficando tonto.

Nova tentativa, o assunto veio.

Fiquei tonto e meio.

Escrevi, escrevi até o último ponto.

Ficou beleza depois de pronto.

Dai recolhi os tributos.

Desapareceu o texto, sobrou só o ponto.

Desisto, vou pra outro canto.

Desisto do conto pra compor um canto.

Então, canto, o canto daqui do meu canto:

Ouça:

Este canto que canto tanto.

Este canto que tanto canto.

Procura por teu encanto.

Se canto um canto no meio

Canto o canto que do canto veio.

Se este canto, machucou tua alma

Se este canto feriu teu seio.

Não me dispense de um insulto,

Nem mesmo de um nome feio.

Ei! você! menina daí do canto!!

Vem aqui pro meio.

Cante pra nós o canto que do canto veio.

( cante bem baixinho, com a alma, lentamente….assim ..assim)

Este canto que tanto canto…

(Pianíssimo..pianíssimo...assim.. assim..)

Este canto que canto tanto..

(Sussurrando...assim..)

Procura por teu encanto.

Agora todos, de todos os cantos.

(Vibrante, batendo palmas, rodopiando, batendo o pé).

Façamos uma fuzarca..

Todos à Arca.

Sapateando, cantando e batendo o pé.

Vamos todos embarcar com os familiares

junto a bicharada do Noé.

(Todos, inclusive a bicharada, forte, vibrante).

Se canto um canto no meio

Canto o canto que da ARCA veio.

20/03/2012………...Mia Pouco