Ao
Cair da Tarde.
Caiu
a tarde. Não se feriu.
A
tarde sabe a arte de cair
Sem
cair em pedaços.
Caiu
suave, é suave a Tarde.
Caiu
sem ferir-se, caiu o Sol.
Caiu
na almofada da Via Láctea.
Caiu
no sono em seu majestoso trono
Nas
bordas da Galáxia, sabendo que:
Terá
que acordar o novo dia,
Consciente
que o Sol também se levanta.
Caiu
a chuva, a terra se encharcou.
Imitou
a tarde em sua arte de cair
Esmerando-se
pingo a pingo
Gota
a gota, pingou... gotejou....
Molhou
a tudo e não se molhou.
Serenou,
O Sereno caiu sereno..., sereno,
Não
se machucou.
Caiu
a noite, escureceu..
E a
boca da noite, de Sereno
Se
locupletou.
E
como Serenou! Serenou trazendo
Consigo
o Som e a Serenata.
Foi
daí, que o povo já alegre,
Mais
ainda se alegrou.
O
universo todo se deliciou.
E da
doçura sonora o povo todo
Se
embriagou, Sorveu e se encantou.
No apogeu da madrugada em Serenata,
um Tenor, la Mattinata..
Entoou..
Entoou..
E o
Sol.
Raiou........
Raiou........
nasceu.....
.brilhou.....
.brilhou.....