quarta-feira, 27 de abril de 2016

É Tarde vamos embora

Ao Cair da Tarde.

Caiu a tarde. Não se feriu.
A tarde sabe a arte de cair
Sem cair em pedaços.
Caiu suave, é suave a Tarde.

Caiu sem ferir-se, caiu o Sol.
Caiu na almofada da Via Láctea.
Caiu no sono em seu majestoso trono
Nas bordas da Galáxia, sabendo que:
Terá que acordar o novo dia,
Consciente que o Sol também se levanta.

Caiu a chuva, a terra se encharcou.
Imitou a tarde em sua arte de cair
Esmerando-se pingo a pingo
Gota a gota, pingou... gotejou....
Molhou a tudo e não se molhou.

Serenou, O Sereno caiu sereno..., sereno,
Não se machucou.
Caiu a noite, escureceu..
E a boca da noite, de Sereno
Se locupletou.
E como Serenou! Serenou trazendo
Consigo o Som e a Serenata.
Foi daí, que o povo já alegre,
Mais ainda se alegrou.
O universo todo se deliciou.
E da doçura sonora o povo todo
Se embriagou, Sorveu e se encantou.
No apogeu da madrugada em Serenata,
um Tenor, la Mattinata..
Entoou..
E o Sol.
           Raiou........
                    nasceu.....
                            .brilhou.....