terça-feira, 17 de março de 2015

Raciocínio e Ranço.

Rançocínio.

À medida que vivo, avanço.
Sempre consciente do
Inegociável descanso.
Levarei na memória
As arvores que aqui plantei.
E dos Homens:
A  indiferença e o Ranço.
 "Ansim Rançocínio”.
Moça se "ocê quize rançociniá” mais eu,
Garanto,
Vamos ter um “rançociniozinho” só nosso.
“Rançocínia” aí..


Jc..........  XV -  III - MMXV.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Xau.... INEZITA....inté

Ignez Magdalena Aranha de Lima.

Dia da mulher. Pra melhor
Partiu a Mulher.
Pra melhor!? – assim dizem, não sei -.
Pra sempre.
Vai de Rondas, Ignez.
Chove, chove, lágrimas dos Céus?
Céu nublado, tênue luminosidade,
Socorre-me o  Lampião de Gás.
 Se Saudade apertar
Marvada Pinga Saudade mata.
“Sinão”, Saudade mata a gente.
Caiu o botão de Rosa
Cuitelinho choroso.
Hoje à noite a Lua não estará
Pois enlutado está......
O Luar do Sertão.
Boas rondas pra ti
IGNEZ,
         INEZITA,
Mulher MULHER no Dia da Mulher.

Xau Ignez, xau...

                             Jc..  08/03/2015

domingo, 8 de março de 2015

Água não há..Ah! Água há Lá.

Economia da Inexistência.

Cá, água não há. Vou-me embora.
Vou pra Shangri-lá,  ou,
Pra lá de Bagdá.

Água há lá; Salve Ala!

Vou à Telavive de Israel.
Fartar-me-ei de leite e mel.

Lá água há.

Um refresco na Finlândia.
Na neve da Lapônia, deslizar
Num trenó, puxado pelas Renas
Do Papai Noel.

Há água lá.

Acorda governador. Pare! Chega!.
Chega de multar seu ELEITOR.
O ar que está no cano é
Quem faz girar o medidor.
Como “economizá”?  se água não há.
É uma incongruência Governador.
Impossível desperdiçar ou economizar
A inexistência.

                           Jc......07/03/2015

Um simples Domingo de Manhã.

   Periferia.

Acabou-se o horário de verão.
É Domingo de manhã.
O Sol a brilhar, como de costume.
A moça traz uma sacola pendente.
Não vi o que dentro da sacola havia.
Nem mesmo vi o que havia dentro da moça.
Um homem desce a ladeira
Com filho engarupado ao pescoço.
Vi que dentro da criança havia:
Felicidade e alegria; sorria.
Dentro do homem vi:
Havia um pai; cumprimentou-me.
Quase sorridente. Vi pelos dentes.
Na igrejinha em frente nada havia,
Apenas as inscrições: “Deus é Amor”.
Na esquina um casal de cães fazia; faziam.
O moço de óculos escuros, cabine dupla,
Quase me abalroa.
É nisso que dá, nesses tempos,
Tentar rimar e fazer poesia.


Jc.......Domingo, 22/02/2015  10:38hs.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Sonoridade ou Sono da Idade

Sons do Agá (H).

Semelhante, companheiro acompanhante.  /   Brilhou a luz;  o dia se fez brilhante.
Vem pro meu aconchego, aconchegante.     /   Amanhã de manhã, na mais bela das manhãs,
Amanhecerei um tanto amanhecido.   /   Embora muitos me conheçam, ainda não me conheço.
Sou bem desconhecido.                      /    Conheço conhaque. O conhaque me desconhece.
O conhecimento conhece meu caminho e me desencaminha.
No meu caminho ninguém caminha.   /    Ninguém conhece meu caminho, exceto um
 desconhecido que conheço, embora ele não me conheça  /  Não me reconheceu. 
Fingiu desconhecimento.



Jc................11/10/2014

Rimar é um perigo!

                   Periferia.

Acabou-se o horário de verão.
É Domingo de manhã.
O Sol a brilhar, como de costume.
A moça traz uma sacola pendente.
Não vi o que dentro da sacola havia.
Nem mesmo vi o que havia dentro da moça.
Um homem desce a ladeira
Com filho engarupado ao pescoço.
Vi que dentro da criança havia:
Felicidade e alegria; sorria.
Dentro do homem vi:
Havia um pai; cumprimentou-me
Quase sorridente. Vi pelos dentes.
Na igrejinha em frente nada havia,
Apenas as inscrições: “Deus é Amor”.
Na esquina um casal de cães fazia; faziam.
O moço de óculos escuros, cabine dupla,
Quase me abalroa.
É nisso que dá, nesses tempos,
Tentar rimar e fazer poesias.


Jc.......Domingo, 22/02/2015  11:38hs.