sexta-feira, 6 de março de 2015

Rimar é um perigo!

                   Periferia.

Acabou-se o horário de verão.
É Domingo de manhã.
O Sol a brilhar, como de costume.
A moça traz uma sacola pendente.
Não vi o que dentro da sacola havia.
Nem mesmo vi o que havia dentro da moça.
Um homem desce a ladeira
Com filho engarupado ao pescoço.
Vi que dentro da criança havia:
Felicidade e alegria; sorria.
Dentro do homem vi:
Havia um pai; cumprimentou-me
Quase sorridente. Vi pelos dentes.
Na igrejinha em frente nada havia,
Apenas as inscrições: “Deus é Amor”.
Na esquina um casal de cães fazia; faziam.
O moço de óculos escuros, cabine dupla,
Quase me abalroa.
É nisso que dá, nesses tempos,
Tentar rimar e fazer poesias.


Jc.......Domingo, 22/02/2015  11:38hs.

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