terça-feira, 10 de novembro de 2015

                                                 Kon “V”.

Se não tens valor, valorizo,  /  Visualizo e Velo.  /  Vanglorio e violo.
Finita porfia.  /  Restam vencidos e vencedores.  /  Os vencidos perderam-se.
Enquanto os vencedores....  /  Estão por aí...  /  Perdidos e perdoados.
Garçom, por favor!
Sirva-me a saideira.  /  Cicuta pura, sem gelo.  /  Põe na conta...”pindura”...
Bota um Tango na eletrola.  /  Sim! É isso! É esse!

“Adios Muchachos”.

jc.......04/08/2015


domingo, 1 de novembro de 2015

Lembranças.

   Imagens Futuras.

Não me lembro se esqueci de alguma coisa.
Esqueci que se esqueceram de mim.
Nunca esqueço que esqueci quase tudo.
Vivo a lembrar-me de coisas que deveria ter esquecido.
E nunca deveria ter esquecido das doces lembranças.
Mas, parece-me que as esqueci, não me lembro.
Ah! Lembro-me de você! Lembrei! Lembrei!
Lembrei que esqueci seu nome, embora você não
Me pareça estranho, me parece bem familiar.
Importante: Não posso esquecer este papelzinho.
Amanhã devo lembrar-me onde guardei as anotações
das minhas deslembranças.
Não me lembro onde guardei as anotações de ontem.
Ah! Lembrei-me; ontem esqueci de registra-las.
Ah! lembrei-me de você; de vocês, sim , vocês dois,
Carreguei-os ao colo e vocês me chamavam de ….
Nossa esqueci!! Papai, é isso, lembrei.
Lembro-me de vocês, jamais os esquecerei.
Esqueçam, esqueçam se não fui o pai ideal.
Lembrem-se, lembrem-se que tentei.
Continuo tentando, disso não esqueço.
Devo lembrar-me que nunca os esquecerei.
E se amanhã, vocês resolverem tornar-se pais,
Sejam melhores que o avô de seus filhotes.
Eles lhes serão gratos; lembrem-se disso.
Seus filhos poderão ser preguiçosos até,
Nunca alienados e desonestos.
Disso também nunca me esquecerei.

Translação - 107.800 Km/hora

Giro Embaralhado.

Ontem fui até Jales.
Percorri planícies, montanhas,
Charcos e vales.
À procura dos bens, dos bons,
Dos maus e dos males.
Sem que notasse, alguém
Embaralhou as consoantes.
Quando dei por mim
Já estava em “Lajes”.
Um menino, sem erguer a cabeça disse:
—Num olhe, num diga nada, ignore,
Esse veio só fala e escreve “bobages”.
Assimilei e aceitei os ultrajes.
Na eminência de torrencial chuva,
Decidi ir à cata de novo tema.
Voei para Catanduva.
Do alto da parreira recebi um cacho.
Rosadas eram, ambas, a camponesa e a uva.
Agradeci o saboroso e doce presente.
Mandei-me à Presidente Prudente.
Sábio velhinho recebeu-me sorridente.
Discorreu sobre o hoje, o amanhã,
O agora e o antigamente; sentenciou:
—Até o mais cruel delinquente ao nascer,
Nasce sem pecados, nasce inocente.
Concordei e parti pra Presidente Wenceslau.
Fui rendido na esquina por um jovem,
Que, assim se justificou dizendo:
—Nasci bom, o mundo me tornou mau.
Assim não dá, vou à Presidente Epitácio.
Vou à procura de Camões, Olavo Bilac.
Preciso reler “A última Flor do Lácio”.