Giro Embaralhado.
Ontem
fui até Jales.
Percorri
planícies, montanhas,
Charcos
e vales.
À
procura dos bens, dos bons,
Dos
maus e dos males.
Sem
que notasse, alguém
Embaralhou
as consoantes.
Quando
dei por mim
Já
estava em “Lajes”.
Um
menino, sem erguer a cabeça disse:
—Num
olhe, num diga nada, ignore,
Esse
veio só fala e escreve “bobages”.
Assimilei
e aceitei os ultrajes.
Na
eminência de torrencial chuva,
Decidi
ir à cata de novo tema.
Voei
para Catanduva.
Do
alto da parreira recebi um cacho.
Rosadas
eram, ambas, a camponesa e a uva.
Agradeci
o saboroso e doce presente.
Mandei-me
à Presidente Prudente.
Sábio
velhinho recebeu-me sorridente.
Discorreu
sobre o hoje, o amanhã,
O
agora e o antigamente; sentenciou:
—Até
o mais cruel delinquente ao nascer,
Nasce
sem pecados, nasce inocente.
Concordei
e parti pra Presidente Wenceslau.
Fui
rendido na esquina por um jovem,
Que,
assim se justificou dizendo:
—Nasci
bom, o mundo me tornou mau.
Assim
não dá, vou à Presidente Epitácio.
Vou
à procura de Camões, Olavo Bilac.
Preciso
reler “A última Flor do Lácio”.
Adoro estas viagens, com paradas inesperadas e encontros surpreendentes.
ResponderExcluir