terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Madrugada da Virada com Música.Existiu!!

                         Bom dia !
         Bom Princípio !  Feliz ano Novo!

            Quando menino,
            Vivia num bairro rural.
            Ali era minha morada.
            Nos primeiros dos Janeiros,
            Em serenata vinham
            No inicio da madrugada.
            Pela estrada, cantavam
            Sertanejas toadas.
            “Abra a porta e a janela
            Venha ver quem é que eu sô”(*)
            Nos saudavam, pediam licença
            Pra adentrar nossa morada.
            Bom princípio! Feliz ano novo !
            E a cantoria festiva, fluía.
            Sertanejas toadas, entoadas.
            Comiam, bebiam,
            E na saída agradeciam.
            O Dito Pedro tomava da buzina,
            Que meu pai usava nas caçadas.
            Pelo chão batido da estrada,
            Ouvia-se o violão, a buzina , as toadas,                   
            Acordando o resto da caboclada,
            Num inesquecível final de madrugada.
            Mas, um dia nos perdemos pelo mundo.      
             Depois, aos poucos, todos se foram.           
            Deixaram a mim e este mundo.
            Acho que, sem querer ou saber,
            Consigo levaram o  Feliz Ano Novo.
            Meus Janeiros estão sem princípios. 
            Inclusive os bons.....
            Principalmente.
     
         (*) Cana Verde de Tonico e Tinoco.

                               jc..............29/03/2013.

BANGUÊ.

                                               BANGUÊ.

            Bons tempos eram aqueles,  /  Quanta saudades !
Dos tempos em que,  /  Afros me carregavam no bangüê.
Do alto se quisesse, até podia   /  Estudar Geografia.
No esplendor da forte musculatura , observar e
Aprender Anatomia.  /  Admirar quão fortes
Eram aquelas criaturas.  / Ajudei-as  desenvolver-se
Sem gastar em  Academias.  /   Bons tempos eram aqueles!
Bons tempos .  /  Como era bom andar de bangüê!
Não entendo, porque  Afros não gostam andar de Banguê.
Não sei porque os Afros detestam bangüês. Não entendo.
Bons tempos ...  andar de bangüê. Tempos que não voltam mais.
Não voltam mais. Bons tempos...

   31/12/2013    19:41Hs.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Dentinhos de Leão em Família


DENTE DE LEÃO


Olha ! Vc que na foto anterior me viu toda branquinha, prenhe e prestes a parir, saibas que já fui mocinha e loirinha assim, atraente , não ?  sou vaidosa, desculpe a falta de modéstia, desculpe.

    jc 01 DEZ 2013..............

SAL E PIMENTA À GOSTO ( OU DEZEMBRO )

                 Temperando Tempo.

          Mais
               Tempo ganho.
          Menos
               Tempo tenho.
          Troco:-
                 Tempo com tempero.
                 No que falta do tempo,
                 Há de sobrar um tempo,
                 No tempo que falta.
                 Bons tempos! maus tempos!
                 Depende do tempo dos tempos.
                 Contemporizo, contente,
                 Graças aos amigos
                 Conterrâneos / Contemporâneos.



              jc...........01/12/ 2013 20:53 hs.

FLOR DA PITÁIA.

    Sou Flor na Flor.....
Sou poesia na poesia.

                                         
                                                      O Autor não assinou o Poema
                                                                   Precisa ??
                                               

Inverno preparando novas vidas.

SOU INVERNAL.......


E que os ventos de Agosto, semeiem
nosso encontro, no Inverno do próximo ano.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

AOS BISBILHOTEIROS - GLOBAIS INDESEJAVEIS

             ? 
             .


jc..................................................................................................25/10/2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

NASCIMENTO

Nascer - Viver - Morrer.
( R E N A S C E R ).

Não conheci a parteira
Que me fêz nascer.
Sorrindo, sábia, disse ela:
“ Esse menino vai morrer ”.
Sem mais delongas,
Resolvi aquiecer e obedecer.
Na primeira mamada, engasguei.
Leite a escorrer.
Leite vida, leite de morrer.
Fui morrendo.... morrendo....
Morrendo de alegria,
Morrendo de raiva,
Morrendo de amores,
Morrendo de dores,
Morrendo de tristezas.
Já morri de tudo quanto
Foi jeito.
Não morri por inteiro.
Sou morto imperfeito.
Já morri cerca de vinte e seis
Mil dias, um pouco a cada hora.
Você não viu,
Morri um pouco, inda agora.
São setenta e um anos morrendo.
Morrendo um pouco cada dia.
Imagine meu falecimento, imagine.!!
Deu a maior confusão. Pois é....
A viuva recusou-se comprar o caixão.
Que barafunda, que Barulhão.
Num piscar de funéreos olhos
Apelei à corte que julgou o mensalão.
Imparcial, justa, julgou sem medo.
Apenas não julgou até agora,
O caso Azeredo. Entendo,
Não é medo, do Azeredo.
Do Azeredo.......
Apenas.
É isso aí ministro, -. - - - - - - - .” ( 1 )
Se a livre expressão é inevitável,
Relaxe, aceite a minha
Democrática prosa.
Vida mansa excelência.
Vida boa, maravilhosa.
Eu vou de Rosa, e o senhor ?
Escuta ministro..., escuta ...!

Onde vais morena rosa ? ( * * )
Com essa rosa no cabelo
E esse andar de moça prosa.
Morena, morena rosa.
Ô ! Rosa, Morena !
Deixa de lado essa pose
Vem pro samba, vem sambar
Que o pessoal tá cansado de esperar.
( 1 )....Nome que completa a rima. Vc pode coloca-lo conforme seu gosto.

( Joãzinho complete a sentença abaixo:- )
“ Quem espera, sempre …...............”.
“ Fica co saco cheiooooo, Professoraaaaaaaaa!”.

( O pessoal tá cansado de esperar.).
( Tá co saco cheio.........................) .
  • ( * * ) Trechos de Morena Rosa,
  • Composição do imortal e saudoso Dorival Caymmi.
  • Que Deus o tenha, Saravá meu Pai.

jc..............28/07/2013.


Missa na manhãzinha fria.( Baseado num fato real).

              Missa na Capela da Fazendinha.

Era uma igrejinha pequenina, uma Capelinha, costumavam dizer.
Tão diminuta ao ponto que, quando de um Culto, os Santos e Anjinhos deixavam seu interior para dar lugar aos fiéis. Por ser tão pequenina e pobrezinha, imagino que ali residiam os verdadeiros ensinamentos Divinos, senão o próprio Deus.
Situava-se à beira de um Corguinho, cercada de uma bela floresta. Era uma verdadeira Trindade; localizava-se onde divisavam três propriedades e obviamente pertencentes à três Senhores. Lugar ermo e belo, suponho que Deus e seu Séquito passaram muitos fins de semana naquele belo e Divino reduto.
Era um Domingo, meados de 1949. Minha Mãe Mercedes nos levou à missa, naquela manhãzinha fria de Inverno. Missas ali eram uma raridade; daí grande afluência de fiéis vindos de todas as bandas. Predominavam as mulheres e suas crianças.
Como citei acima, Santos e Anjinhos foram deixando o recinto. Um deles exalou um cheiro forte. Poucos notaram o cheiro do Enxofre.
Chegou o Religioso já sabendo que por falta de espaço deveria abster-se de coroinha ou Sacristão. É dado inicio à missa. A maioria assistiu o culto em pé no pátio externo e ajoelhando-se no chão batido.
Importante lembrar que ainda não haviam inventado os Telões. E quem disse que é necessário Telão para ir para o Céu - Quem disse?
Terminada a Missa, formam-se no pátio as rodinhas de prosa, tais como: Cumpadre, a Princesa já deu cria? Responde o Compadre: Inda não, essa vaca sempre atrasa; falá nisso, o cê curô a bixera da cadela da sua vizinha? E assim era; prosa vai prosa vem, surge um entrevero. O Religioso queria a todo custo levar a arrecadação da pobre gente, os fiéis da Capelinha. O Tesoureiro responsável enfrentou o Religioso ferozmente. Por um lapso de memória, não me recordo qual dos dois botou o cano do revólver na boca do opositor, o qual amarelou. A grana da Capelinha não foi surrupiada. Maldosos comentavam que o religioso era amicíssimo do Santo que fedia Enxofre. Eu, de minha parte, me abstenho de afirmar ou negar. Tenho apenas uma pequena dúvida, muito pequena por sinal. Quase uma certeza.

                                jc...........29/08/2013...........23:13h.


CANTIGAS INFANTIS.

                                  Joãozinho em:-
                                 Cantigas Infantis.

O cravo brigô ca Rosa,
Só proquê a Rosa
Cravô um bejo neu.
O Cravo emputeceu,
Proquê a Rosa gosta deu.

                         Atirei o pau no gato to to.
                         Mas o gato to to
                         Me mordeu eu eu.
                         (Bem feito)
                         Dona Chica ca ca.
                         Se alegrô se alegrô
                         Co berro meu.
                         (Véia Lazarenta).

O Sapo cururu, na beira do rio,
Sapo quando canta maninha,
É pra chamá e acordá
A Sapinha que tá no cio.

                                                Se essa rua se essa rua
                                                Fosse minha
                                                Eu mandava
                                                Eu mandava proibi
                                                Que o Lula, o Sarney
                                                E o Maluf
                                                Passassem por aqui.

jc......15/04/2013 …. 22:13hs


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Menina Sapeca

                  Menina Corajosa.

Por onde andará ? A menina que não tinha medo de careta.
Pouco valeu mamãe cantar-lhe : “ Boi, Boi da cara Preta ”.
Se era irreverente e rebelde, piorou após ganhar a monareta.
Pilotava pelas calçadas. / Andava na contra-mão.
Fazia acrobacias e piruetas. / Até o dia em que jogou uma ve-
lhinha na valeta. / Botou culpa nos freios. / Esbravejou :
Danou-se velha xereta. / Trocou a magrela por uma Lambreta.
Levou tombos, se ralou toda, quebrou a cabeça na sarjeta.
Cantando Rock 'n Roll, atrevida, vazava no vermelho do farol.
Fazia o que lhe dava na veneta, sem medo do boi da cara preta.
Empinou o baixo traseiro. / Avolumou o alto frontal dianteiro.
Lipo aspirou sobras do meio. / Admirou-se frente ao espelho.
Apalpou e examinou delicadamente,o belo e volumoso recheio.
Não se sabe ao certo, se ela atirou ou quebrou o pau n(d)o gato.
Rodou pelo mundo, dirigindo ônibus, caminhão, e ultimamente
me disseram, pilotando avião. Nunca teve medo de careta.
Se medrosa fosse, teria ficado na sarjeta.
Algumas ficaram.........

                               Com medo de careta.

jc................................05/09/2013


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CANÇÃO

Quarteto.

Mudo o Violino.
Dorme o Violão.
Calada a Viola.
Uma voz desperta...
É um canção... ouça...
Tênue, terna, suave e bela.
Uma voz...doce voz...
U'Alma cantante,
Divina, Angelical.
Vem violão, vem....
Acorde. Seus acordes
Embelezam, acordam e
Adornam a canção,
Adocicam o coração.
É preciso ouvir o dedilhar
De suas cordas,
Preciso da sua majestade;
Profundo, grave, murmurando
E ritmando na marcação.
Agora você viola,
Rouca e lamentosa,
Baixinho. Assim..assim...
Sola doce... sola viola....
Semeia notas, sustenta o canto.
E você violino, floreie.
Em agudos e trinados finos,
Me faça curvar,
E tornar-me tão menino,
Que sequer possa saber
Qual será meu destino. - que importa ? -


jc.........03/09/2013 00:37 hs

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MAGIA


Aconteceu por acaso (sera mesmo?). Há uns dois meses eu socorri o Xodozinho (é um indivíduo da espécie Rabo-branco-rubro, mas acho o nome pomposo demais) salvando-o de um ataque de um beija-flor maior que o agarrou, sacudiu e largou inerte no chão quando me aproximei. Acho que ele se fingiu de morto; peguei-o e levei-o para se alimentar de água com açúcar; assim que se agitou, soltei-o. A partir daí, coincidência ou não, ele me procura para defendê-lo dos demais beija-flores enquanto se alimenta nos bebedouros. A gente vem se entendendo bem; quando ele me procura (é fácil de perceber, tem um zumbido das asas bem mais agudo que os demais) eu aponto um bebedouro, vou para lá, e ele me acompanha e agradece a defesa; são momentos de magia, não sei o quanto vai durar. O admirável é ver como um ser tão pequeno tem esse grau de compreensão. Não sei se essa história inverossímel merece ir para o blog.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pita - Pitáia - Pitar

Tamo enrolado.

Extranho esse Estanho.
A cobra não cobra, pica.
O sabre não sabe.
O pinto pia, alguns não;
Sequer tornam-se galos.
A Pita não pita,
A Pitáia também não.
Eu pito.
Tem Aia que pita.
O Trem não pita, apita.
Não apita mais, apitava.
Buzina feito tomove.
O pobre corre atrás do cobre.
O rico de ouro se cobre.
Inda bem que não sou pobre !
Ihhh! e não sou rico.
Não sou dourado, nem adorado,
Não tenho cobre.
O ouro não me cobre.


 Então sou pobre. Ou...

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Aromas e Lesões.

      Saneamento pra lá de Básico.

Local e Período:- Área Rural cerca de 50 anos passados.

Não existiam banheiros, instalações sanitárias e papel higiênico.
Fazia-se no matinho atrás das moitas; se num piquete de porcos , só trepando
numa árvore. A limpeza era feita usando sabugos de milho e folhas de arbustos.
Podia ser folha de couve, arnica, arruda etc.etc. Jornal era luxo.
Banho só nos fins de semana em bacias. No verão, os homens, tinham o previlé-
gio de banhar-se nos córregos e lagos.
É fácil imaginar os odores. Uma mistura de suor com aroma das folhas, mais os
fragmentos de fezes.
Alguns, exalavam um cheiro de couve salgada, outros arnica azeda, ou arruda esmer-
deada, e muitos merda mesmo.
Sucede que o sujeito está pescando. A noite é escura e ele se sente precisado. Arreia as
calças e se alivia. Na escuridão, tateando, colhe folhas e se higieniza o melhor possível.
Ocorre que nas margens dos rios proliferam as urtigas. O infeliz se utiliza delas, e do ar-
dume se lembrará por vários dias.
Seu odor será um misto de cabelo queimado, carne mal passada e pomada Minancora.
Numa roda de prosa ele insistirá prosear em pé.
Pode-se afirmar sem rodeios, sem rapa-pés, no popular.
Esse cara limpou o cu com urtiga.

                                                                         jc.........21/07/2013.

sábado, 10 de agosto de 2013

Haromnia Rural

Haromnia Rural.
( Batizado por José Carlos Guireli ).

Privados de audição, ou não.
Eu pelo menos não mais ouço:
“ As Vozes da Primavera ”.
Sequer o chilrear das
“ Andorinhas da Austria”.
Nem mesmo o “ Imperador” (*)
Narrando-nos docemente
 “ Contos dos Bosques de Viena”.
Resta-nos um consolo:
Deslizar suave nas águas
Do belo “ Danúbio Azul “.
Tendo ou não:
“ Vinho, Mulher e Canção”.
Aromas das “ Rosas do Sul ”.
Murmuro baixinho então,
Só pra mim mesmo.
Um trecho encantado, doce,
Terno, profundo e misterioso,
Uma sequência de notas que
Povoam os compassos da
Belíssima “ Valsa do Tesouro”.
Agora aqui no meu Rural,
Me enamoro da Lua cor de Prata.
Não mais ouço “ Luar do Sertão”,
Beleza, Poesia. Obra prima
Do nosso Catulo da Paixão.
Aqui me rendo à outro compatriota,
Meu, Seu. Nosso Zéquinha de Abreu.
Não mais ouço “ Branca”.
No meu quintal, os tico-ticos.
No meu coração o “ Tico-tico no Fubá ”.
Tô lascado. Desculpe......
Surdo, quis dizer, digo....
(*) Obras que ostentam esse título:
1 - “ Valsa do Imperador” - de Strauss Jr.
2 – Cocêrto num. 5 para Piano e orquestra.
“ O Imperador” - de Beethoven.

jc...........09/08/2013......23:10hs.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dúvida

      Não duvides.

No meio do céu tem uma Estrela.
Tem uma Estrela no meio do céu.
No meio das manhãs tem um Sol.
Tem um Sol no meio das manhãs.
Agora, no meio da vida, tenho dois filhos.
Tenho dois filhos, no meio do meu agora.
À minha frente tem um espelho.
Tem um espelho à minha frente.
No meio do mundo e no meu meio,
Tem canalhas, bandidos, corruptos, etc.
Tem uma nuvem no meio do meu tudo.
No meio do meu tudo tem uma dúvida.
Eu não tenho nada. Sou um nada.
Ah ! Sim, tenho um dúvida, e me basta.
É o bastante, mas nado, quase nada.
No meio da dúvida tem um eu, eu...
Duvidoso.
                                                       jc................04/08/2013. ( 18:40 hs. )

 

domingo, 4 de agosto de 2013

UM HOSPITALEIRO


CONHECI UM SENHÔ QUE PRECONCEITO NÃO TINHA
TODA TARDE ATENDIA NO BALCÃO DA VENDA
MULHER DA VIDA COMO SE DIZIA,
CACHACEIRO CONHECEDÔ DE BOA PINGA,
BEATAS DO PADRE, IRMÃS DE MARIA
FREIRA E ANJOS
ANDARILHOS: DONO DA FERROVIA,
UMA RAINHA QUE DE VEZ ENQUANDO VINHA
NO VESPERTINO... ASSUSTAR AS CRIANCINHAS.

CONHECI UM SENHÔ QUE VIVIA DE VONTADE
TRAZIA DESDE O SAL DO MAR A PEÕES DE BRINQUEDO,
ABATIA ALGUNS ANIMAIS,
OUTROS SUSTENTAVAM COM DOCE ENERGIA,
CURAVAM TANTOS OUTROS PRA SERVIR A GALOPE
PARTEIRAS, MÉDICOS E BENZEDEIRAS;
AGRADECIA A TELEFONIA, NOTICIAS DISTRIBUIA
QUANDO NECESSÁRIO CAIXÃO INFANTIL PRODUZIA,
SUA PATROA SOLIDÁRIA O ENFEITAVA ...E M LÁGRIMAS .
CONHECI UM SENHÔ QUE SE PUNHA EM VIGÍLIA
FILHOS, ANIMAIS E TELEFONISTA,
RUGIA NA MAGRUGADA,
TRAZIA LEITE QUENTE PRA ADOÇAR AS BOCAS
DE MENINOS QUE DE OLHOS FECHADOS
SONHAVAM ESTANDO HOMENS
PREPARAVA ANIMAIS, PRA CAMINHADA
FELIZ OU TRISTE COM MEDO E FANTASIA
O SENHÔ NA ESPREITA FICAVA.
CONHECI UM SENHÔ QUE NUNCA DUVIDAVA
ALIMENTAVA VIAJANTES E MULHERES DA REZA
DE MANHÃ SE ABRIA EM CANÇÕES DA ÉPOCA,
DE TARDE SE FECHAVA EM MANUSCRITOS,
DE NOITE ENCHIA FAMINTOS DE PROSA E VERSO
ANTES DE DORMIR, BANHAVA-SE DE CANSAÇO
COBRIA FILHOS ...
ENTRAVA NA CALADA DA NOITE,
AMAVA NA TRANQUILIDADE.
CONHECI UM SENHÔ QUE APROVEITAVA
O TEMPO PRA ESCRITA ENSINAR,
DE CARTAS EXISTIA
SOLICITAÇÃO FAZIA
PRA GOVERNANTES E PAPAS
CONHECI TÃO POUCO ESSE SENHÔ,
QUE VIVO DE SAUDADE E CAUSOS DE QUEM O CONHECEU,
A HERANÇA QUE TRAGO EM VISITAS QUE FAÇO;
É QUE O SENHÔ ENCHIA COROTE E PICUÁ TODO DIA,
CONTA?! - SÓ UMA VEZ POR ANO FAZIA,
E SE NA COLHEITA NÃO CONSEGUIA AJUDAR, NEM CONTA EXISTIA.
CONHECI UM SENHÔ QUE DE JUSTIÇA VIVIA,
CUIDAVA DA FAMILIA E DE TODOS QUE CONHECIA,

SEU NOME JUSTO ATÉ HOJE EM MINHA VIDA.

Poema de Rosa Maria Daolio - ( minha prima )
Publicação devidamente autorizada.


terça-feira, 30 de julho de 2013

Brincando com o "L".

L

ELe é o eLe.
Está neLe e neLa.
É deLe e deLa.
Está naqueLe e naqueLa.
Está na paLavra.
Nas faveLas.
Sempre à janeLa.
Nas casas AmareLas.
Se não visLumbras.
Diz que o Longe
É Logo aLi.
ReLativo exato e Lógico.
Está nos Livros,
Na Literatura.
É pela Liberdade.
Está nos Libertinos
Nos Lupanares.
ALumia, Luzes das Lâmpadas,
Lamparinas e Vaga-Lumes.
Evita Lamúrias,Logros e
Lamentos.
Aceita e Convive com o Lúgubre.
Leciona aos Loucos.
Louva as Loucuras.
Louva aos Deuses tal e qual
Um Louva-a-Deus.
Louvada seja a Literatura.

12/07/2012...23:01 Hs.......jc


sábado, 27 de julho de 2013

Esse é o "S".

     “S”

Sim; Esse é o esse.
Está nesse e nessa.
É parte deste e desta.
Não promete mas está
Na promessa.
Assim é o esse.
Aclama o que sobe.
Vangloria quem merece.
Mesmo sem esse
Lamenta quem desce.
Mesmo sem esse,
Reza uma prece.
Se finda a vida
Se alguém falece.
Sepulta no silencioso sepulcro.
Sepultura é a sina imutável
Do ser. Serviçal,
Servo, Amo e Senhor.
Servido e Servidor.
Com esse indispensável esse.
Sim Senhor.



 12/07/2012....23:47 hs.......jc ( O OUTRO )

Brincando com a letra "A".


a

A letra "a" vogal e artigo,
Além de outras significâncias.
Está no alfa e no beta.
Dá início ao alfabeto.
Está na água, na vida.
Está nos aguaceiros que somos nós.
Nas multidões de aguados e
Nos aguados sós.
Está no céu vestida de nuvem.
Desce como chuva.
E alaga. É água.
Está nas Aves e nas Evas.
Nas asas dos pássaros e
Nas Ave-Marias.
Está no amor e nos amantes.
Está nas Araras.
Está nas águas da fonte luminosa
Da bela Araraquara.
Está na roupa lavada
Que ao Sol quara.
Ah! Esse "a" !
Coloca sua mãozinha no
Ombro da consoante à frente,
Oferece seu ombro redondinho
À consoante detrás.
E assim juntas e perfiladas,
Originam as palavras,
Com as quais alguns
Arriscam se expressar.


Ref. Mini dicionário Aurélio.
Iniciadas com “A “ = 52 pgs. / 06 significâncias.
Iniciadas com “E” = 41 pgs. / 03 significâncias.
Iniciadas com “I” = 25 pgs. / 01 significãncia.
Iniciadas com “O” = 13 pgs. / 03 significâncias.
Iniciadas com “U” = 04 pgs. / 01 significância .


15 / 07 / 2012. 22:54hs.............................jc

sábado, 20 de julho de 2013

O Menino e o Velho.

                                     O Menino e o Velho.

Lazo era um menino que gostava pescar com meu pai, João.
Ele dizia: Imo pescá hoje seu João? Sim Lazo , mais tarde nois imo. Lazo saia correndo e logo
retornava dizendo:Já arranquei minhoca, imo seu João?
Sim Lazo, pera eu termina de decasca o mio pras galinha.Tá bom seu João, eu espero.
( Lazo estava cada vez mais ansioso).Pronto seu João? agora nois imo?
Sim, pera eu pegá as vara la drento.Tá bom seu João, num demora.
Lazo caminha de um lado à outro no terreiro, não suporta a espera, insiste.
Seu João, seu João, nois imo ou não imo?
Vai cagá Lazooooo !!!!!!!!!!!.

Depois desse vai cagá Lazo, o Noi, meu primo que tudo presenciou, rindo muito, viu a dupla partir alegre rumo ao nosso riozinho, o nosso Ribeirão dos Limas.
E Lazo feliz queria saber se irão pescá no Poção, quinem da otra veis, ou na Curva do Artu Cunha ou na Cachoera do Romano.
Lazo nois vai pescá nos treis lugá. Mió ansim seu João, bem mió memo.Eta seu João !!! o senhor é divinhão.
Sabe seu João, meu pai, gostava muito do senhor, e eu gostava quando o senhor ia lá em casa e chamava: Manecão..... Manecão..... vamo pescá.
Agora o senhor num vai mais. Me diz seu João, porque meu pai morreu tão cedo? Porque ?
Os olhos do seu João se encheram de lágrimas, nada respondeu.
Não chora seu João, sinão eu tamem choro.
Disfarçando, Lazo chamou a minha cachorra, a "Andorinha" e atiçou-a.Vai.....vai....Andorinha,
pincha as Capivara no rio, vai Andorinha, dexa de sê preguiçosa, vai.....
Vai Andorinha - disse seu João - o Lazo ta pedino, vai.... vai....
E Andorinha foi.........

jc..........................14/07/2013