Saneamento
pra lá de Básico.
Local e
Período:- Área Rural cerca de 50 anos passados.
Não existiam
banheiros, instalações sanitárias e papel higiênico.
Fazia-se
no matinho atrás das moitas; se num piquete de porcos , só trepando
numa
árvore. A limpeza era feita usando sabugos de milho e folhas de
arbustos.
Podia
ser folha de couve, arnica, arruda etc.etc. Jornal era luxo.
Banho só
nos fins de semana em bacias. No verão, os homens, tinham o previlé-
gio de
banhar-se nos córregos e lagos.
É fácil
imaginar os odores. Uma mistura de suor com aroma das folhas, mais os
fragmentos de fezes.
Alguns,
exalavam um cheiro de couve salgada, outros arnica azeda, ou arruda
esmer-
deada, e
muitos merda mesmo.
Sucede
que o sujeito está pescando. A noite é escura e ele se sente
precisado. Arreia as
calças
e se alivia. Na escuridão, tateando, colhe folhas e se higieniza o
melhor possível.
Ocorre
que nas margens dos rios proliferam as urtigas. O infeliz se utiliza
delas, e do ar-
dume se
lembrará por vários dias.
Seu odor
será um misto de cabelo queimado, carne mal passada e pomada
Minancora.
Numa
roda de prosa ele insistirá prosear em pé.
Pode-se
afirmar sem rodeios, sem rapa-pés, no popular.
Esse
cara limpou o cu com urtiga.
jc.........21/07/2013.
Pio,
ResponderExcluirFalei do poema para o meu neto e filho e nora aqui.
Nem sabiam disso, tinha também o capim gordura.
Belo poema.
Abraços