Haromnia Rural.
( Batizado por José Carlos Guireli ).
Privados de audição,
ou não.
Eu pelo menos não
mais ouço:
“ As Vozes da
Primavera ”.
Sequer o chilrear das
“ Andorinhas da
Austria”.
Nem mesmo o “
Imperador” (*)
Narrando-nos docemente
“ Contos dos
Bosques de Viena”.
Resta-nos um consolo:
Deslizar suave nas
águas
Do belo “ Danúbio
Azul “.
Tendo ou não:
“ Vinho, Mulher e
Canção”.
Aromas das “
Rosas do Sul ”.
Murmuro baixinho
então,
Só pra mim mesmo.
Um trecho encantado,
doce,
Terno, profundo e
misterioso,
Uma sequência de
notas que
Povoam os compassos da
Belíssima “
Valsa do Tesouro”.
Agora aqui no meu
Rural,
Me enamoro da Lua cor
de Prata.
Não mais ouço “
Luar do Sertão”,
Beleza, Poesia. Obra
prima
Do nosso Catulo da
Paixão.
Aqui me rendo à outro
compatriota,
Meu, Seu. Nosso
Zéquinha de Abreu.
Não mais ouço “
Branca”.
No meu quintal, os
tico-ticos.
No meu coração o “
Tico-tico no Fubá ”.
Tô lascado.
Desculpe......
Surdo, quis dizer,
digo....
(*) Obras que
ostentam esse título:
1 - “ Valsa do
Imperador” - de Strauss Jr.
2 – Cocêrto num.
5 para Piano e orquestra.
“ O Imperador”
- de Beethoven.
jc...........09/08/2013......23:10hs.
Pio, boa noite
ResponderExcluirSeu poema está encantador.
Pensei no nome: Haromnia Rural.
Abraço
José
É um brinde tocante que recebemos, essa catarse em que o vate t(r)oca em seu âmago, onde perduram, os sons externos que se esvaem.
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