TRISTEZA.
Tonho
está Triste, daí Tristonho.
Há
vagas na mansão da Tristeza.
Ocupá-la-emos,
Ocupá-la-ei
então, eu tristonho.
E
dela não sairemos.
Nela
ficaremos.
Nela
morreremos.
Tristes
e cheios de dúvidas.
Até
arrisco perguntar:
Um
morto alegre é mais bonito
Que
um morto triste?
Não
seja, jamais, um morto feio.
Siga
o infalível roteiro abaixo:
Passar
um fim de semana
Na
bela, pequenina e Aprazível,
Monte
ALEGRE do Sul.
Repousar
ou esticar as canelas em:
Pouso
ALEGRE.
Uma
cuia do amargo em:
ALEGRETE.
E
por fim, ao final,
Ajoelhar-se,
elevar preces ao alto, em:
Santo
Antônio da ALEGRIA.
Antes
de partir, a última questão:
Será
que um vivo ALEGRE
É
mais bonito que um vivo TRISTE?
Nos
canteiros, germinam sementes,
As
quais nascem formosas e ALEGRES.
Mas
a aridez e o tempo
As
tornam tristes e feias.
Algumas
subsistem.
Ao final todas morrem.
Ao final todas morrem.