Cabrito Montês.
Leio,
muito tenho lido.
De
coisas que não entendo,
de
coisas que não lido.
Creio
em tudo e de tudo duvido.
Leio,
muito tenho lido.
Fazer
o que?
Dos
sons estou privado,
Falha-me
o ouvido.
Dos
cinco que possuía,
Só
me restam quatro sentidos.
Caminho,
trabalho,
Salto
qual um cabrito montês.(*)
Peço-lhe
desculpas se não
avisá-lo
do salto derradeiro,
O
salto da última vez.
No
Adeus
do
cabrito montês.
* -
menos, menos -
Muito tocante e inspirado esse poema. Trata das perdas pelo caminho rumo nossa única certeza com tanta leveza!!! Jonas.
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