quarta-feira, 2 de março de 2016

                    Falência.

Após muito matutar, resolvi empreender.
Segredei a mim mesmo:
Vou abrir a Tratoria século 21.
E tive uma ideia.
De megafone em punho convoco,
Os sem fome e os passa fome.
Legal! Assim, veja, ouça:
“Espaguete alho e óleo”.
“Olha o óleo, olha o alho”.
“Faz bem à vista, é bom pros olhos”.
Numa questão de prudência o Juiz
Sem mais, decretou-me falência.
Sentenciou o magistrado: Falência das ideias.
Com esta bato o recorde de falências.
Vivo a falir-me idealmente.
Só me faltava essa, falência múltipla dos órgãos.
Não, essa não, nunca povoaram minhas ideias.
Não tenho a mínima ideia.
Sinto que o cara do lado esquerdo do peito
Bate firme, ritmado sem queimar óleo.
O duto hidráulico não me preocupa.
No lado oposto a betoneira mistura a massa.
Pelo escapamento não sai fumaça.
Apenas gazes e o concreto fedegoso.
É recomendável, disse-me o Juiz.
“Não tenhas idéias”.
Sim senhor, “Meretríssimo”, disse eu.
Fui preso. Porque? sei não...


2 comentários:

  1. comemtou Claudião bom em?

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  2. Verbo falir, defectivo, não tem o imperativo para dizer o que quero: melhor você não falir e continuar a produzir essas pérolas e a ter essas ideias. Deixe o meretríssimo pra lá!

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