Não ia e não vinha - Ficava -.
Eu não era eu e nem era o outro, não era suficiente estúpido nem tresloucado douto. Eu não
vinha e nem ia.
Eu ficava.
Ficava sabendo que não iria quando já tinha ido. Desesperado afagava o cachorro que de leve,
sem aviso, me havia mordido, sem antes enviar-me um alarmante latido. Teria eu, uma
chance, teria eu, fugido, corrido logo após o primeiro latido, desde que meu surdo ouvido, não
me houvesse traído, ocultando de mim o som do latido. É por isso, e, em vista disso, que
vulgarmente dizem por aí à fora..
Temos fudido.
- Eu não me atrevo, nunca digo:
temos fudido.
09/12/2023 Mia Pouco, miando antes que cheguem os Croatas
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