domingo, 24 de fevereiro de 2013


CONFISSÕES DE UM DEPUTADO

Sou o peçonhento
Primo gêmeo do lazarento
Sou o logro, pra tristeza do pai
E lamento do sogro
nascido do erro
Sou o próprio engano
Sou ferrugem que corroe
Sou pesadelo do insone
Sou a felicidade do encanto
Sou o canto da maldade
Sou o mal do mundo
Somos eu e ele, o imundo.
Sou a tristeza que consola
Sou o vento que tudo varre
E que mais sujeira traz
Vindo de onde? Sei lá....
Lá de trás
Sou a besta nascida na sexta
embalado no balaio
baldeado na cesta.
Sou o riso da tristeza
Sou o choro da alegria
Sou o Primogênito.

Um comentário:

  1. Confessou; perdoemos? Nos atos confessados, nenhuma culpa; perdoemos o de putado.

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