CONFISSÕES
DE UM DEPUTADO
Sou
o peçonhento
Primo
gêmeo do lazarento
Sou
o logro, pra tristeza do pai
E
lamento do sogro
nascido
do erro
Sou
o próprio engano
Sou
ferrugem que corroe
Sou
pesadelo do insone
Sou
a felicidade do encanto
Sou
o canto da maldade
Sou
o mal do mundo
Somos
eu e ele, o imundo.
Sou
a tristeza que consola
Sou
o vento que tudo varre
E
que mais sujeira traz
Vindo de onde? Sei lá....
Lá
de trás
Sou
a besta nascida na sexta
embalado
no balaio
baldeado
na cesta.
Sou
o riso da tristeza
Sou
o choro da alegria
Sou o Primogênito.
Confessou; perdoemos? Nos atos confessados, nenhuma culpa; perdoemos o de putado.
ResponderExcluir