Antonte
fui visitar meu velório.
Tava
micho.
Num
tinha ninguém
Num
tinha vela acendida
A
viúva tava as prosa
Co
véio Libório, aquele
Que
roba na medida e no peso.
Só
num roba,
Quando distante do empório.
O
caxão tava lacrado
Num
consegui ve o finado.
Desisti.
Vo
simbora pra casa
Esperá
a hora do enterro.
Alguém
deve avisar-me.
Se
ninguém avisá,
É
sinar que ainda não morri.
Inda beim.
ResponderExcluirGosto de futucar esse assunto de bafunto, que nada tem de funesto (a morte, nossa única certeza!); e lá na minha terrinha, coincidência ou não, o mais notório provedor de urnas (tirador de medidas, pesos e preços) tinha o sobrenome de Libório. Mas, se não há mal em pensar no assunto, é reconfortante saber que a data é incerta e com sorte, distante! Jonas.
ResponderExcluir