Árvores viajantes.
Ningnguém suporta viver numa terra,
Onde muito se proclama e se fala:
Em Deus, Jesus e Nossa Senhora.
Há incontido desejo de dar o fora.
Até as toras partiram, foram se embora,
como clandestinas mundo afora.
È recente, ontem, agora.
Enfileiradas perfazem quatrocentos quilômetros.
São milhares de árvores assassinadas.
Apelidadas ou, transformadas em toras.
Lá no exterior, face a ilicitude proclamam
devolver-nos nossas mortas.
Nossas tristes toras, que os predadores
enviaram mundo afora.
Pra cadeia eles não irão, como de costume,
como sempre, dela, permanecerão fora.
Mia Pouco 22/05/2021
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