Renovando.
O velho em sua antiga carroça, tracionada pelos antigos
e velhos muares, amigos.
Trafegavam....Trafegam através da velha estrada de terra, ao encontro
da Primavera que não tardaria chegar.
Nos cafezais, novas e brancas flores desabrocham.
Abelhas recolhem o néctar e o pólen.
Os favos novos, aguardam a doçura do mel.
Á tarde, a comitiva recolhe-se ao aconchego,
aguardando que um novo desses não envelheça
aquilo que teima renovar-se, ou, envelhecer-se por demais.
Novas flores, novas abelhas, novos favos, novo mel, novos aromas;
tudo se renovando em torno da minha renovada velhice, recém-renovada de tantas outras idades até então vividas.
Respeito aos Animais.
Durante as jornadas, meu pai, jamais esquecia de dar água à sua tropa de muares. Antes de tomar água, o carroceiro conduzia sua tropa ao “corguinho” onde todos saciavam a sede. Na hora do almoço, os estacionava sob uma sombra, só almoçava após dependurar no pescoço de cada um, o embornal com uma porção de milho debulhado.
Após este ritual, sentava-se, destampava o pequeno caldeirão de alumínio, às colheradas consumia o virado de feijão com chouriço, ovo frito e arroz.
Os muares obedeciam ao meu pai, porque tinham consciência que em casa, haviam crianças que careciam alimentar-se. Ao fim do dia, todos eram escovados e soltos no pasto. À noite, pastavam, descansavam entre as Corujas, Curiangos, e alguns Tatus cavando tocas.
Mia Pouco......18 / 07 / 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário